Monday, December 6, 2010

Estudo de áreas de risco na microbacia do córrego do Urubu

Em 2009, três formandos da Engenharia Ambiental da UCB realizaram seu projeto final sob a orientação da prof. Renata Marson, e um dos seus resultados foi publicado neste artigo.

"O objetivo deste estudo é avaliar espacialmente as áreas de saturação do solo na

microbacia do córrego do Urubu, por meio da análise de cenários construídos para

quatro períodos, simulando o aumento da vulnerabilidade à erosão na área de estudo.

A microbacia do Córrego do Urubu se localiza entre as coordenadas de latitude

15°41’ e 15°43’ sul e 47°52’e 47°50’ oeste, na Região Administrativa Lago Norte (RA

XVIII) - DF, como ilustrado na Figura 01. A bacia possui três tributários principais:

Urubu, Sagui e Olhos D’água."

Sunday, December 5, 2010

Concurso de desenho para o símbolo do Aclimar: Escola Olhos D'agua e Escola Classe do Varjão

Esta semana estaremos realizando duas atividades pelo projeto:

1) dia 7/12: concurso de desenho em duas escolas (Varjão e Olhos D'Água), que servirão de base para a identidade visual/logomarca do projeto.

Estamos entrando em contato com a sua escola para propor a realização de uma atividade em parceira com o Projeto Aclimar – Plantando Árvores e Colhendo Águas – Estratégias de Adaptação a Mudanças Climáticas na Micro-Bacia do Córrego Urubu.

A sua escola está localizada em Areas de Preservação Ambiental (APA) do Planalto Central e APA do Paranoá e próxima à Microbacia do Córrego Urubu. Essa região abriga importantes nascentes e um dos córregos que abastece o Lago Paranoá, alem de rica biodiversidade. Devido à expansão urbana do Bairro Taquari, que provoca graves impactos nos recursos naturais, bem como ao alto grau de sensibilidade ambiental da região, as comunidades e ecossistemas na Microbacia do Córrego Urubu estão extremamente vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, conforme apontado por estudo da Universidade Católica de Brasília.

A fim de reverter esta situação, os moradores do Córrego Urubu e outros colaboradores interessados na região desenvolvem projetos socioambientais com o objetivo de conscientizar o ser humano para uma convivência mais harmoniosa com a natureza, proporcionando melhor qualidade de vida aos moradores ao mesmo tempo em que recuperam áreas degradadas e conservam os recursos naturais.

Um dos projetos desenvolvidos na região é o Projeto ACLIMAR, que tem como objetivo elaborar e demonstrar estratégias locais práticas de adaptação a mudanças climáticas com foco na gestão sustentável dos recursos hídricos e em sistemas sustentáveis de uso e ocupação do solo, como Agroecologia, Permacultura e Sistemas Agroflorestais.

Coordenado pelo Instituto Salvia, uma ONG de cunho socioambiental com sede neste região, o Projeto Aclimar é financiado pelo Instituto HSBC Solidariedade e conta com parceria do Movimento Salve o Urubu, Instituto Oca do Sol e Universidade Católica de Brasília. Como uma das primeiras atividades deste projeto, estamos organizando um concurso de desenhos com os objetivos de envolver as crianças da região no projeto por meio da elaboração de um desenho que possa servir como símbolo e identidade visual do projeto. Esta atividade será voltada para alunos do ensino fundamental de duas escolas localizadas próximas à região, onde gostaríamos de realizar uma oficina de criação deste desenho e um concurso final, que premiará um desenho escolhido entre as duas turmas para servir de base para a logomarca oficial do projeto. As escolas sugeridas pela comunidade para fazer essa atividade são: Escola Classe Olhos D’água e Escola Classe Varjão.

Esperamos contar com a colaboração de sua escola para realizar esta atividade artística e de educação ambiental, que proporcionará uma aproximação entre o projeto e as crianças que estudam na região, de forma a conscientizar os alunos e suas famílias quanto ao uso sustentável dos recursos naturais na região.

Desde já agradecemos sua atenção e cooperação e ficamos à disposição para maiores esclarecimentos

Friday, December 3, 2010

Projeto Aclimar: "OS DESAFIOS DA GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS HÍDRICOS DIANTE DOS IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS"


O Instituto Salvia apresentou o Projeto Aclimar e, com o apoio do WWF, participou deste workshop em Fortaleza durante o XII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas - ENCOB.
23 a 25 de novembro de 2010.

Oficina de Planejamento Participativo do Projeto Aclimar

Dia: Domingo, 12 de dezembro, 14 às 18hs

Local: Oca do Sol


Com duração de um ano, Projeto Aclimar tem como objetivo elaborar e demonstrar estratégias locais de adaptação a mudanças climáticas com foco na gestão sustentável dos recursos hídricos, incluindo captação, armazenamento e reaproveitamento de água, controle de erosão e drenagem, bem como sistemas sustentáveis de uso e ocupação do solo, como Agroecologia, Permacultura e Sistemas Agroflorestais. Estas estratégias serão elaboradas junto à comunidade e um grupo de trabalho técnico por meio de um processo participativo de diagnóstico de vulnerabilidades na Microbacia do Urubu e construção de soluções que permitam às comunidades e aos ecossistemas se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas, como o aumento da temperatura e mudanças no regime de chuvas. Para tal, serão implantadas pequenas unidades demonstrativas e realizadas atividades de capacitação com o intuito de replicar estas estratégias na região e em outras situações semelhantes.

Como uma das primeiras atividades do Projeto Aclimar, estamos organizando esta Oficina de Planejamento Participativo, que tem como objetivos:

1) Apresentar o Projeto Aclimar às lideranças comunitárias a fim de promover a sua participação efetiva no planejamento e nas atividades do projeto;

2) Dar encaminhamento ao processo de seleção das Unidades Demonstrativas;

3) Capacitar os moradores destas Unidades e outros com relação ao Projeto e iniciar a elaboração destas estratégias e técnicas junto à comunidade.

Coordenado pelo Instituto Salvia, o Projeto Aclimar é financiado pelo Instituto HSBC Solidariedade e conta com parceria do Movimento Salve o Urubu, Instituto Oca do Sol, Universidade Católica de Brasília e WWF Brasil.


Sunday, October 3, 2010

ACLIMAR: Coleta de Sementes do Cerrado Outubro 2010






Com a chegada das chuvas, voltamos para "o semear árvores para colher águas"!








Sonho de semente

"Vamos escolher os pequenos sonhos
de árvores adormecidas em sementes
espalhadas ao vento carinhoso
pela terra rebrotar gigantes
despertadas pela chuva docemente!

Guardiãs da chuva e da água
profunda raiz da vida
gigante braço alarga
os veios entre rochas coloridas"
(Renata Marson Teixeira de Andrade, outubro 2010)

Atividade em andamento que vai contar com a participação da comunidade do Urubu, em breve!

Festa da Primavera 2010 e Lançamento do Projeto ACLIMAR



Na trilha do Sol, lançamos a semente do ACLIMAR e vivemos um momento especial na Oca do Sol, e depois na cachoeira do Urubu!
Dançamos a dança da chuva, que caiu mansinha no dia seguinte lá em Santa Maria e aqui três dias depois!!!
Oxalá muita luz e muita água curativa para abençoar este novo momento e todos nós!

Saturday, September 11, 2010

Brazil Geography and Environment - University Texas A&M




O Instituto Sálvia recebeu na Chácara Jardim do Paraíso (Núcleo Rural do Urubu) a visita do Professor Christian Brannstrom, coordenador do Programa Brazil Geography and Environment, do departamento de Geografia da University Texas A&M juntamente com 15 alunos americanos cursando a disciplina sobre Cultura, Meio Ambiente e Geografia no Brasil.




O grupo visitou a chácara Jardim do Paraíso sob a orientação do Andrew Miccolis, e os alunos conheceram um modo de vida sustentável: casas que utilizam sistema de bioconstrução com adobe, reuso das águas servidas e plantio de mudas nativas numa agrofloresta de 15 anos de idade além de outras técnicas de permacultura: horta orgânica e criação de galinha caipira em rotação de pasto.



O grupo também teve a chance de conhecer o lugar analisado pelo estudo feito pelos alunos da Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília sobre o aumento da vulnerabilidade ambiental da microbacia do Córrego do Urubu: o perímetro da expansão urbana do Taquari I and II. Junto com a professora Renata Marson Teixeira de Andrade do Programa de Pós Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília, os alunos visitaram a fronteira de expansão urbana dentro da bacia do Córrego do Urubu.




E não podia faltar o mergulho na cachoeira do Urubu do final da visita!!







4 de Agosto de 2010

Thursday, August 19, 2010

ICID+18 - Mudança Climática, vulnerabilidade e adaptação

Andrew Miccolis está participando e apresentando pesquisa realizada sobre mudança climática e adaptação junto com a Professora Renata Marson T. Andrade do Programa de Pós-grduação em Planejamento e Gestão Ambiental da universidade Católica de Brasília, no evento com apoio do ICARUS/Univerity of Illinois- Urbana-Champagne e o EBI/University of California at Berkeley. Estão participando de grupos de trabalho para escrever recomendações para política de Mudança Climática em áreas semi-áridas.
Abaixo um dos convidados para o evento:

Distorção política agrava situação nas regiões secas, diz Jeffrey Sachs
A visão distorcida dos políticos e insistência dos Estados Unidos em resolver as diversas questões de conflitos nas regiões áridas e semiáridas do planeta com força militar são mais cruciais para seus habitantes do que os entraves e os problemas acarretados pelas mudanças climáticas.

Este foi o foco central da palestra do economista Jeffrey Sachs, conselheiro especial do Secretário Geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, hoje (18), na 2ª Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid+18), em Fortaleza (CE).

Sachs disse que não há dúvida de que as regiões secas são as mais afetadas pelas alterações do clima e que esse fator também contribui para os conflitos que elas abrigam, “mas não é despachando tropas militares para preservar a política de interesses dos países ricos nessas áreas que os problemas serão resolvidos”, completou. Na opinião do economista, estamos muito próximos de uma situação climática irreversível para o planeta. “Todos serão afetados indistintamente”, ressaltou Sachs, que também é professor de Desenvolvimento Sustentável, e de Política de Gestão da Saúde da Universidade Columbia, dos Estados Unidos.

Em sua apresentação, Jeffrey Sachs disse que os Estados Unidos deveriam melhorar seus conhecimentos sobre as áreas conflituosas do mundo, que são exatamente aquelas inseridas das regiões áridas e semiáridas, onde estão as populações mais pobres e necessitadas. “Nelas, os engenheiros militares seriam mais úteis ensinando a cavar poços para a procura de água do que desenvolvendo artefatos bélicos”, opinou.

O especialista pediu que lhe seja enviada uma cópia da Carta de Fortaleza, documento que deve reunir as questões sugeridas pela Icid 2010 para a Rio+20, em 2012, para que ela seja incorporada na próxima reunião do Conselho de Segurança da ONU, agora em setembro. “Tenho certeza que a sugestão será acatada pelo secretário Ban Ki-moon, que é sensível as questões climáticas em nível mundial, disse Sachs.

Ele também sugeriu a criação de um órgão que congregue líderes e governantes de países que estão nas regiões áridas e semiáridas para que pressionem os países desenvolvidos a que dediquem mais recursos, apoio, ciência e tecnologia às suas áreas como forma de ajuda para resolver seus problemas, “que embora locais, refletem em todo mundo”, disse Sachs.

Wednesday, August 18, 2010

HSBC Solidariedade - Projeto Aclimar 2010


O Projeto Aclimar do Instituo Salvia ganhou em primeiro lugar no concurso sobre Adaptação a Mudança Climática do HSBC Solidariedade. Parabéns!!!

N° Entidade Projeto Cidade UF Padrinho/Madrinha Agência/Departamento do HSBC

1 - Instituto Salvia Projeto ACLIMATAR Brasília DF Samuel G RIzzo Agência Centro Brasília

2 - Consorcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre a Capixaba –

CONDIEAC Compreendendo o presente para adaptar-se ao futuro Judia ACEdmar Batistela Donelli Agência Rio Branco


3 - Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não

Governamentais Alternativas – CAATINGA Cidadania Ambiental Ouricuri PERejane Elias Gomes Agência Juazeiro do Norte


4

Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias das Regiões dos

Lagos; do Rio São João e Zona Costeira – CILSJ Atitude Água e Clima Araruama RJ José Carlos A. Araújo UPPER – Niterói


5Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais Políticas de gestão ambiental e pesqueira Curitiba PRJoel Dias Reinhardt Agência Paranaguá

6Instituto Ilhas do Brasil Adaptar Brasil Florianópolis SCSergio Carbonera Agência Centro de Florianópolis

Divulgação dos 6 projetos aprovados na Seleção de Projetos de Meio Ambiente – 2010

Agradecemos à participação das 69 Organizações Sociais. Desejamos muito sucesso em suas iniciativas, que certamente alcançará resultados significativos, e esperamos, para os que não foram contemplados

nessa seleção, contar com a sua participação em outras oportunidades. Obrigado, Instituto HSBC Solidariedade

Instituto Sálvia - Andrew Miccolis - Núcleo Rural do Urubu

Reportagem Cultura Permanente
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por Carolina Mourão


A WWF estima que 90% das nascentes do Distrito Federal estão comprometidas por agrotóxicos ou por lixo. Das 25 áreas rurais estabelecidas durante a consolidação da capital para o suprimento de alimentos e sustentabilidade local, apenas seis apresentam hoje explorações agrícolas significativas. As outras, parceladas e vendidas pelas próprias autoridades que legalizam vendas de terras públicas, se converteram em espaços exclusivamente residenciais sem infra-estrutura. A capital está insustentável, precocemente. Mas as autoridades se recusam a assumir a crise ambiental como uma questão ética e política.

Mas há uma saída. Chama-se Permacultura. Guarde esta palavra. É a partir dela que começa a contagem regressiva para o resgate da qualidade de vida tanto na cidade como no campo. É ela o elo entre a degradação urbana, irremediável, e o recomeço possível, saudável, sem truques. A Cultura Permanente, ou Permacultura, nunca foi um projeto utópico. Foi preciso alcançar um limite, na brutalidade contemporânea, para que a última tentativa, antes da perda total da consciência, fosse posta em prática.

A Permacultura, um conceito complexo que inclui a consciência individual de impacto ambiental, da dignidade de seres humanos e da convivência racional com a natureza, passando pelo lixo que cada um produz, até um amplo resgate de qualidade de vida, já funciona para muitas pessoas. Passo a passo, ela está trazendo a produção de alimentos e a eficiência energética para os espaços urbanos e periurbanos. Uma nova lógica foi instalada em alguns pontos da cidade para converter problemas em soluções e mostrar que é possível conquistar níveis de sustentabilidade sem a ajuda das autoridades, por meio de iniciativas pessoais, familiares ou comunitárias, que estão estendendo esta influência para outras comunidades.

André Miccolis, consultor em permacultura e sistemas agroflorestais e dono da chácara Jardim do Paraíso, vive um projeto ousado e real de Permacultura. Ele elaborou um Plano de Uso e Gestão Ambiental para a chácara que inclui construções de adobe com reaproveitamento e reciclagem de materiais e a recuperação de áreas degradadas por meio de sistema agroflorestais e da preservação da vegetação nativa. A chácara desenvolve atividades como a produção de mudas, compostagem, criação de galinhas caipiras e reaproveitamento das águas cinzas na irrigação. A interação com a comunidade acontece por meio de visitas públicas, na área que tem uma cachoeira perene e atividades de educação ambiental. Lá, os visitantes podem participar de iniciativas em defesa ao meio ambiente. A própria visitação gera renda. As práticas adotadas na propriedade vêm solucionando alguns problemas típicos da região: áreas degradadas, desmatamento, queimadas, solos ácidos e de baixa fertilidade, erosão e assoreamento dos córregos. Como o reaproveitamento é grande, gasta-se muito menos para a manutenção das atividades.

Na agrofloresta da família Miccolis existe um consórcio de espécies de árvores nativas e frutíferas de vários estratos e ciclos, começando com pioneiras rústicas como, por exemplo, capim elefante e flor de mel, banana, amora, bambu, abacaxi e algumas leguminosas. As hortaliças e as raízes são plantadas no início do sistema agroflorestal, mas são cultivadas principalmente em canteiros feitos em terraços das áreas em declive e integrados ao galinheiro. O Jardim do Paraíso constitui-se hoje numa unidade que conseguiu reduzir a incidência de pragas e doenças, como formigas cortadeiras e cupins, devido à diversidade do sistema e ao aumento da fertilidade do solo. Entre pedras e cascalhos, este pequeno santuário em formação serve de reduto para a fauna local e de moradia saudável para as três famílias residentes de uma ecovila em desenvolvimento. Este projeto demonstra que é possível morar em áreas de interesse ambiental cooperando com a natureza.